Le Rime Di Sanpierdarena

As Rimas de Sampierdarena

Le Rime Di Sanpierdarena

Confesso que me sinto um pouco desconfortávelConfesso che mi sento un po' a disagio
como um caminhão lotado quando freia.come il camion stipato quando frena.
E não consigo me salvar do naufrágioE non riesco a salvarmi dal naufragio
nos céus vermelhos de Sampierdarena.nei cieli rossi di Sampierdarena.
Passam as beldades de ontemPassano le bellissime di ieri
passam sob os arcos, os redemoinhos, de sempre.passano sotto i portici, i vortici, di sempre.
Voltavam de amantes cabeleireirosTornavano da amanti parrucchieri
nos silenciosos pós-aula de dezembronei sordi doposcuola di dicembre
que seus olhos tinham a mola,che i tuoi occhi ci avevano la molla,
s seus olhos e seus quadris largos.i tuoi occhi suoi loro fianchi larghi.
Seu doce outono: uma cebolaIl loro dolce autunno: una cipolla
a ser descascada, de olhos fechados, nos letargias.da sfogliare, a occhi chiusi, nei letarghi.
Mas agora, vou te dizer, não estou a fimMa adesso, ti dirò, non sono in vena
de fazer a orquestrinha com os copos.di fare l'orchestrina coi bicchier.i
Só me vêm com o vento das obrasMi vengono col vento dei cantieri
só as rimas de Sampierdarenasolo le rime di Sampierdarena
que se beijam como na saída da escola,che si baciano come fuori scuola,
que se escondem dentro de cada portão,che s'imboscano dentro ogni portone,
que se pegam em cada uma das minhas palavras,che limonano in ogni mia parola,
que me tiram da minha canção...che mi sloggiano dalla mia canzone...
Mas quem já teve, essa "canção"Ma chi ce l'ha mai avuta, 'sta «canzone»
se na escola nos dobravam as costasse a scuola ci piegavano la schiena
sobre poetas nacionais de exportaçãosu poeti nazionali esportazione
podres de "rimas de Sampierdarena".marci di «rime di Sampierdarena»