We Are One

“We Are One”: união que atravessa conflitos diários

“We Are One”, do Maze (1983), opera em duas camadas: soa como conversa de casal e, ao mesmo tempo, como apelo comunitário. O eu lírico expressa perplexidade e frustração com a forma como nos tratamos: “Can’t understand / Why we treat each other in this way” (Não consigo entender / por que tratamos uns aos outros desse jeito), enquanto critica o gasto de energia com “the silly, silly games we play” (os joguinhos bobos que a gente joga) — birras, vaidades e provocações que só machucam. Em resposta, a canção chama à responsabilidade afetiva e recentra o vínculo: “We’ve got our love / We are one, no matter what we do” (Nós temos o nosso amor / Somos um, não importa o que façamos). O refrão transforma “We are one” (Somos um) em um lembrete direto de união sustentada pelo amor.

O estribilho funciona como mantra e como argumento: “We are one, love will see us through” (Somos um, o amor vai nos ajudar a superar). A repetição cria um clima de calma insistente e oferece um recurso prático para atravessar mal-entendidos. Quando o narrador afirma “We are one from the very start / deep down in your heart” (Somos um desde o começo / no fundo do seu coração), indica que essa unidade é algo a reconhecer, não a conquistar. Nesse contexto, o Maze contrapõe conflitos cotidianos à certeza de pertencimento: mesmo quando nos ferimos com “joguinhos tolos”, a confiança de que “somos um” aponta o caminho — no relacionamento íntimo e na convivência humana mais ampla.