TOMA JACK (part. MC Poze do Rodo, MC Ryan SP e MC Don Juan)

Ostentação e identidade periférica em “TOMA JACK”

A música “TOMA JACK (part. MC Poze do Rodo, MC Ryan SP e MC Don Juan)”, de Bielzin, usa a expressão “toma jack” para simbolizar ostentação e celebração, fazendo referência direta ao consumo de uísque Jack Daniel’s. Esse elemento representa status e poder nas festas da favela, reforçando a atmosfera de luxo e diversão presente na letra. Carros importados como Cadillac e Lamborghini, festas com mulheres e dinheiro em abundância são destacados como sinais de sucesso. Frases como “tô gordinho de malote” e “a capital das notas, nóis conta” mostram a valorização do sucesso financeiro e do reconhecimento social, especialmente para quem veio de contextos periféricos.

Além da ostentação, a música também fala sobre resiliência e orgulho das origens. No trecho “eles levaram meus ouros, mas não levaram meu brilho / favela tá no instinto, mano, até choro / por isso é criado em comunidade”, fica claro que, apesar das dificuldades e perdas, a identidade e a força da comunidade permanecem. O clima descontraído e provocativo da letra, com menções a festas, mulheres e liberdade, reflete o espírito do funk e do trap brasileiro. O uso de gírias e metáforas, como “chama que ela vem o tempo todo / sobe na garupa e vem dar um giro no morro”, reforça a ideia de movimento, desejo e poder de atração, características marcantes do universo retratado pelos artistas.