Giro Dos Artistas 2 (part. Livinho, MC Ryan SP, MC Magal, MC GP, MC Lele JP e MC Kadu)

Superação e irmandade em “Giro Dos Artistas 2”

“Giro Dos Artistas 2 (part. Livinho, MC Ryan SP, MC Magal, MC GP, MC Lele JP e MC Kadu)”, de MC Bruninho da Praia, utiliza referências a armas e violência, comuns no funk paulista, como símbolos de poder, autoconfiança e superação. Expressões como “tá na mira da minha Robocop, com ela é headshot” e “trocamo o pente da Glock” vão além da ostentação de armamento, funcionando como metáforas para a força conquistada pelos artistas após enfrentarem as dificuldades da periferia.

O “giro dos artistas”, repetido ao longo da música, faz referência ao período em que os MCs viajaram juntos, reforçando o sentimento de irmandade e conquista coletiva. A letra destaca a trajetória de superação dos músicos, que saíram de contextos humildes e hoje celebram conquistas materiais e reconhecimento, como em “antes vivia com pressa, mas era por necessidade / na minha vez era só peça, e agora é só felicidade”. O orgulho pelas origens e a valorização da comunidade aparecem em versos como “um salve pra todas comunidade”, mostrando que, apesar do sucesso, a conexão com a favela permanece. O tom descontraído e urbano é reforçado por menções a festas, carros de luxo e mulheres, mas sempre com o olhar de quem venceu barreiras. A homenagem ao “Madruga”, citado como alguém que faz falta no grupo, destaca o valor da amizade e da memória dos que contribuíram para a trajetória dos artistas.