Poder, gíria e sexualidade cruas em “67”, de Mr. Catra
Em “67”, Mr. Catra usa “67 patinete” como gíria para uma posição sexual, e a letra assume isso sem filtro. Os imperativos, repetidos como refrão, viram comandos de pista e encenam um jogo de poder masculino — coerente com a persona pública de Catra: falava abertamente de sexualidade e poligamia, dizia-se pai de 30 filhos e construiu fama pela franqueza provocativa. Ao ordenar “Abre as pernas / A gente mete”, o narrador toma o controle do ritmo e do espaço, espelhando a dinâmica dos bailes, em que a voz do MC dita ação e resposta do público.
A lógica é a da negociação direta do prazer, com uma “saída” quando a parceira “não tá aguentando”: “Pára um pouquinho e paga um boquete”. No funk, “pagar” é gíria para “fazer”, mas o verbo também sugere troca e compensação, enfatizando barganha e controle. A repetição de “paga um boquete” vira um mantra percussivo, minimalista e memorável, pensado para grudar e incendiar a pista. O tom debochado e confrontativo se encaixa no DNA do funk carioca que Catra ajudou a popularizar: provoca, faz rir e afirma autoridade performática. Esse cruzamento entre gíria sexual, comando rítmico e persona midiática explica por que “67” funciona tanto como relato explícito de desejo quanto como peça de impacto para o baile.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.




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