Angra dos Reis

Ostentação e ascensão social em “Angra dos Reis” de MC Daleste

Em “Angra dos Reis”, MC Daleste utiliza referências a marcas de luxo como Dodge Journey, Christian Audigier e Rolex europeu para destacar o papel do funk ostentação como símbolo de status e conquista. Ao mencionar Angra dos Reis, um destino conhecido por sua exclusividade e riqueza, Daleste reforça a ideia de que o sucesso financeiro proporciona acesso a experiências reservadas a poucos, como festas, compras caras e a companhia de mulheres admiradas. O trecho “No peão ali em Angra fiz mais de 10 mil em compra / De onde o cifrão vem não é da sua conta” evidencia o orgulho de ter alcançado uma posição de destaque e desafia quem questiona a origem de sua riqueza.

A música também transmite irreverência e liberdade, características marcantes do gênero, ao valorizar o prazer imediato e a diversão sem limites. No verso “Tô sem juízo, pois é, de Rolex europeu / Depois que eu gastei 10 mil, perguntaram quem sou eu”, Daleste mostra como o consumo extravagante muda a percepção das pessoas ao seu redor. O refrão, ao chamar as “tops” para curtir o baile funk em Angra, convida o ouvinte a compartilhar esse estilo de vida. Além disso, versos como “Nasci pra ser patrão, nunca vou virar funcionário” expressam o desejo de ascensão social e autonomia, temas centrais no funk ostentação, especialmente para jovens das periferias que enxergam na música uma forma de superar limitações e conquistar respeito.