
5 7 É Nos
MC Dodô
Crítica social e resistência em “5 7 É Nos” de MC Dodô
Em “5 7 É Nos”, MC Dodô utiliza o artigo 157 do Código Penal, que trata do crime de roubo, como símbolo da injustiça social enfrentada pelas favelas. O refrão repetitivo – “157 é nóis, falam que é nóis” – evidencia como moradores da periferia são automaticamente associados ao crime pela sociedade e pelo Estado. Dodô inverte essa lógica ao apontar que os verdadeiros responsáveis pelo roubo e corrupção são aqueles “de terno”, ou seja, membros da elite política e econômica, que seguem impunes e até recebem reconhecimento da mídia. Essa crítica fica clara no verso: “O mal são vocês, reencarnados de anjo da paz ilegal”, direcionando a denúncia para quem realmente detém o poder.
A música se insere no contexto do “funk consciente”, trazendo uma abordagem direta sobre a miséria, o desemprego e a falta de oportunidades nas comunidades: “Criança chorando em busca de pão, essa é a vida real / Descalço e no lixo feito animais”. Dodô rejeita a narrativa de que a periferia é a principal responsável pela violência, reforçando: “Vocês podem roubar nossa herança mas não difamem a periferia”. O uso do termo “157” como identidade coletiva é uma ironia que transforma a acusação em resistência e denúncia. Ao final, MC Dodô deixa claro: “Mas não somos nós, são vocês”, devolvendo a responsabilidade do crime e da corrupção para a elite e reafirmando o papel do funk como voz de protesto e esperança para a comunidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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