
E Nós Tem Um Charme Que É Dahora
MC Dricka
“E Nós Tem Um Charme Que É Dahora”: força feminina
O refrão repete “eu que posso me bancar” e desloca o foco do olhar masculino para a autonomia financeira e simbólica das mulheres da quebrada. Ao ostentar códigos do funk como “de nave” e “no baile chamando atenção”, MC Dricka ressignifica um vocabulário historicamente centrado nos homens e vira o jogo a favor das minas — alinhada à proposta que ela assumiu publicamente: enaltecer as mulheres e equilibrar um cenário que costuma exaltar os caras. Lançada em 2020, a faixa confirma a versatilidade da artista conhecida como “rainha dos fluxos de rua de São Paulo” e encara preconceitos ao transformar batida de baile e gírias de rua em manifesto direto de empoderamento feminino.
A letra gira em torno de autoconfiança e postura. Trechos como “um sorriso que é de impressionar”, “desenrola nas palavra” e “não leva desaforo pra casa” definem charme como atitude, presença e limite. As imagens de ostentação — “de nave nóis tamo a milhão” — reforçam independência material e circulação com status, enquanto “recalcada me odeia” reconhece a disputa sem tirar o foco do brilho. “Porte de sereia” combina presença e sedução, e “desejo dos vilão” usa a gíria “vilão” (o cara de status no baile) para marcar desejo e poder de escolha delas, não submissão. Nesse conjunto, Dricka atualiza símbolos do gênero para afirmar: as minas ocupam o centro da pista e do discurso.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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