Não Brisa Em Mim (part. MC Meno ST)

“Não Brisa Em Mim (part. MC Meno ST)”: código de respeito

Em “Não Brisa Em Mim (part. MC Meno ST)”, o título opera como aviso direto: “não brisa em mim” equivale a “não me provoca, não mexe comigo”. A faixa alterna lazer e vigilância: o baile e as motos de “mil cilindrada” convivem com a política de cobrança (“se pegar no errado nóis vai te cobrar”) e a resposta a traíras, citados em “Jack pilantra”. Isso dialoga com a linguagem do funk e com a pegada de MC Ghzs, que narra a realidade periférica com foco em superação e respeito, junto de MC Meno ST, cuja vivência reforça autenticidade. A postura sem máscara aparece em “não pago de crime sou eu memo”, enquanto “sei que essa vida não me leva longe, mas as memórias vai eternizar” reconhece o risco do corre e busca deixar legado.

As imagens de Transalp, Twin e Honda “inspirada” constroem cenário de ostentação e prontidão. “O cano faz canção” pode ser o ronco do escapamento que embala o baile, mas, quando surgem “pipoco” e “te corto na bala”, o som remete a tiro — status e intimidação se cruzam. Gírias como “zé pagão” e “cu de burro” marcam quem é visto como vacilão ou indesejado, e o código interno se afirma em “nóis fecha com o certo”. Diversão e exibição existem, mas só até o limite da lealdade; quem atravessa essa linha enfrenta “cobrança severa”, espelhando um ambiente em que prazer, risco e memória caminham juntos.