Fatos da Quebrada 2

Superação e realidade social em “Fatos da Quebrada 2”

Em “Fatos da Quebrada 2”, MC GP expõe de forma direta as dificuldades e desafios enfrentados por quem cresce na periferia. Ele relata a ausência do pai, preso por sete anos, e a convivência constante com o crime e a violência, elementos que marcam a infância de muitos jovens da quebrada. O artista destaca como era desacreditado por outros, que diziam que ele seria “só mais um destes”, mostrando o estigma e a falta de perspectiva que rondam a juventude periférica. A morte de amigos, especialmente Vinícius, é citada como uma das dores mais profundas, evidenciando o impacto das perdas e a dureza da realidade local.

MC GP também aborda as dificuldades no acesso à educação e as consequências disso, como no trecho em que afirma: “pra arrumar um trampo é difícil sem Colégio”. Ele mostra que, diante da falta de oportunidades, o crime surge como uma alternativa tentadora para muitos, mas faz questão de ressaltar sua escolha pelo funk como caminho de superação: “foi no funk, que eu consegui chegar no auge”. O funk, nesse contexto, é apresentado como uma verdadeira chance de transformação, capaz de trazer orgulho para a família e mudar destinos. A música funciona como um agradecimento a quem acreditou em seu potencial e como um testemunho de que, com talento, persistência e fé, é possível vencer as adversidades e reescrever a própria história.