Cifrão (part. AJULIACOSTA)

Dinheiro como ferramenta e superação em “Cifrão (part. AJULIACOSTA)”

Em “Cifrão (part. AJULIACOSTA)”, MC Hariel aborda o papel do dinheiro como instrumento de transformação social, especialmente no contexto das periferias. O verso “Portas trancadas se abrirão e o cifrão é a chave” mostra de forma clara como o dinheiro pode abrir oportunidades antes inacessíveis, mas também reforça que ele deve ser visto como um meio, não um objetivo final. Isso fica evidente na frase “Dinheiro não faz nossa cabeça / Nós que usa ele como ferramenta”, destacando a importância de manter os valores e a consciência mesmo diante da ascensão financeira.

A música mistura elementos de ostentação com crítica social, refletindo a realidade de quem busca vencer sem perder a essência. A comparação da noite curta com o vestido de baile sugere a urgência de aproveitar as chances que surgem. A participação de AJULIACOSTA traz uma presença feminina forte, desafiando estereótipos ao afirmar independência e igualdade: “Uma mina que é bigode memo / De igual pra igual, passa nada nem tenta”. Referências a marcas de luxo, como “Tiffany”, e expressões como “bolo do papel do mal” (dinheiro), mostram o contraste entre o desejo de conforto e o reconhecimento das dificuldades. No fim, a mensagem central é de superação, respeito e humildade, valores que MC Hariel costuma destacar, conectando a vivência da quebrada à busca por um futuro melhor.