Hit Periférico I (part. MC Kitinho, MC Marks, Kawe e Kayblack)

Superação e orgulho periférico em “Hit Periférico I”

“Hit Periférico I (part. MC Kitinho, MC Marks, Kawe e Kayblack)”, de MC Hariel, destaca-se por unir ostentação e celebração das conquistas com reflexões sobre superação e os desafios da vida na periferia. Logo nos primeiros versos, frases como “Joga esse beat no peito do H que nós bota pra frente” e “Joga esse som, põe no alto-falante, nós bota pra frente” reforçam o sentimento de coletividade e orgulho das origens, mostrando que o sucesso é fruto do esforço conjunto dos artistas e de suas comunidades.

A música também traz elementos típicos do funk, como festas, mulheres e ostentação, presentes em versos como “Joga as bandida no particular” e “Fica três noite virado com as doida do lado”. Esses trechos, além de transmitirem um clima descontraído, simbolizam a ascensão social e a liberdade conquistada. Ao mesmo tempo, a letra aborda a luta diária e a busca por reconhecimento, como em “Tô aprendendo superar meus medos / Pra ir pra cima do problema, matar no peito” e “Olha a favela como é que tá / Achando que nada é possível / Tô pra provar que eu vim de lá”. O uso de marcas de luxo e referências a carros e dinheiro serve como resposta à exclusão social, mostrando que os artistas alcançaram o que antes era inacessível. O trecho “Pra mostrar pros menorzinhos do gueto / Que de onde eu vim ainda existe esperança” evidencia o papel inspirador da música, incentivando jovens da periferia a acreditarem em seus sonhos. Assim, a canção mistura linguagem popular, ostentação e mensagens de superação, criando um retrato autêntico da vivência periférica.