Chucro (Part. MC Davi)

Autenticidade e raízes em “Chucro (Part. MC Davi)” de MC Kelvinho

Em “Chucro (Part. MC Davi)”, MC Kelvinho faz uma crítica direta à superficialidade das tendências atuais, especialmente ao recusar “dançar pra TikTok” logo no início da música. Essa postura reforça a busca por autenticidade e resistência ao modismo. O termo “chucro”, que dá nome à faixa, é usado para afirmar uma identidade rústica e verdadeira, em contraste com a busca por aceitação fácil e ostentação vazia. Isso fica evidente em versos como “Nós é outras parada / Foco sempre foi o cofre / Pra abrir as caminhadas”, onde MC Kelvinho e MC Davi deixam claro que o objetivo é o progresso real, conquistado com trabalho e foco, e não a aparência ou o status passageiro.

A música também valoriza as relações familiares e a importância de manter os pés no chão diante das dificuldades do dia a dia. O refrão, ao perguntar “Já abraçou quem ama hoje?”, destaca a necessidade de valorizar os afetos verdadeiros em meio à dureza da vida, trazendo um tom realista e reflexivo. Ao mencionar o desejo de “voltar a ser criança”, os artistas expressam saudade da simplicidade e da inocência, contrapondo-se à complexidade da vida adulta. A crítica à ostentação retorna quando MC Kelvinho afirma “Cês é lata, nós é ouro / Nós malandro e vocês zé”, diferenciando quem busca valor real de quem se contenta com aparências. Assim, “Chucro” se destaca como um manifesto de autenticidade, superação e orgulho das próprias raízes, incentivando a perseverança e a valorização do que realmente importa.