8ª Cypher 4m (part. MC Ig, MC Ph, MC B. O, MC Neguinho do Kaxeta, MC Kelvinho, MC Hariel e MC Magal)

Reflexão social e ostentação em “8ª Cypher 4m”

“8ª Cypher 4m (part. MC Ig, MC Ph, MC B. O, MC Neguinho do Kaxeta, MC Kelvinho, MC Hariel e MC Magal)” reúne grandes nomes do funk paulista para abordar temas como ascensão social, ostentação e os desafios enfrentados por quem veio da periferia. Cada MC traz sua própria experiência, criando um retrato coletivo das conquistas e dificuldades do grupo. Apesar do clima de celebração, a música também faz críticas ao materialismo e à busca por status a qualquer custo. Isso aparece nos versos de MC Neguinho do Kaxeta: “Como é que pode, materialista? Quanto mais tem, mais trapaceiam pra ter / Pra mim é bode essa conquista / Trapacear é o mesmo que retroceder”, onde ele questiona o valor de conquistas obtidas de forma desonesta e propõe uma reflexão em meio à ostentação.

A letra destaca símbolos de vitória, como carros de luxo, marcas famosas e festas, mostrando o contraste entre o passado difícil e o presente de conquistas. MC Kevin e os outros MCs celebram o sucesso, mas não escondem que o sofrimento ainda faz parte da trajetória, como em “Já sofri na antiga e sofro hoje / Mas tô sofrendo de ressaca e não paro não”. O termo “4M” representa o coletivo, reforçando a importância da união e da colaboração para superar barreiras. Além disso, a música traz um tom de desafio aos críticos e preconceituosos, reafirmando a autoconfiança e o orgulho das origens. Assim, a faixa equilibra ostentação, crítica social e valorização da trajetória, refletindo o espírito do funk paulista atual.