Chapa do Chatão (part. MC Cebezinho, MC IG, MC Luuky e MC Ryan SP)

Ostentação e diversão em “Chapa do Chatão” nas festas de funk

“Chapa do Chatão (part. MC Cebezinho, MC IG, MC Luuky e MC Ryan SP)”, de MC Lele JP, retrata de forma direta o universo das festas de funk paulistanas, misturando ostentação, sensualidade e o uso de gírias típicas das periferias de São Paulo. A letra destaca procedimentos estéticos, como em “botou o peitinho” e “fez a lipo na barriga”, mostrando como a aparência e as mudanças corporais influenciam a autoestima e o comportamento das mulheres presentes na festa. A expressão “toma a chapa do chatão” funciona como um bordão provocativo, sugerindo tanto a intensidade da curtição quanto uma resposta a possíveis provocações, reforçando o clima de competição e diversão entre os participantes.

O uso de gírias como “moleque”, “bebê”, “foguete”, “farolzão”, “cavala” e “revoada” cria uma atmosfera descontraída e aproxima a música do cotidiano dos MCs e do público do funk. A ostentação financeira aparece em trechos como “três conto lá na conta do quentão” e “conta de milionário”, enquanto o consumo de bebidas e outras substâncias reforça o clima de celebração e liberdade. As mulheres são figuras centrais, destacadas tanto pelo visual quanto pela atitude, como em “florinha gostosa faz o que eu pedi” e “olha ela flexionando, sequência de agachamento”. O refrão repetitivo, com frases como “bota a mão no joelhinho, deixa eu ir até o chão” e “se quer treta, pode vir, toma a chapa do chatão”, convida o público a participar da festa sem restrições, tornando a música um retrato fiel da irreverência e da celebração coletiva das baladas de funk.