onde

Reflexão sobre autodescoberta e identidade em “onde”

A música “onde”, de Linn da Quebrada, explora o processo de autodescoberta a partir de experiências de dor e superação. Um dos pontos centrais da canção é o trocadilho entre “fundo do poço” e “profundidade do posso”, que marca a passagem do desespero para a possibilidade. Linn utiliza essa inversão de sentido para mostrar como situações-limite podem se transformar em oportunidades de autoconhecimento e reinvenção.

O verso “é no silêncio do passo que eu ouço” destaca a importância da introspecção, sugerindo que as respostas sobre si mesma surgem no recolhimento. A repetição de “o que diz a pegada quase apagada que eu deixei no chão enquanto eu dançava” reforça que, mesmo que o passado pareça distante, ele deixa marcas importantes na trajetória pessoal. A dança funciona como metáfora para a vida e suas escolhas, enquanto a menção à “última canção” indica o fim de um ciclo e o início de outro. O convite “fuja daqui, me encontre lá, onde a fonte se esconde, na linha do horizonte” aponta para a busca constante por um sentido ou origem, algo sempre além do alcance imediato, que impulsiona o movimento e a transformação. A sonoridade eletrônica e o clima contemplativo da faixa intensificam essa jornada interna, tornando “onde” um retrato sensível da busca por identidade.