Minha Parte Eu Fiz (part. DJ Matt D)

Superação e dilemas emocionais em “Minha Parte Eu Fiz”

“Minha Parte Eu Fiz (part. DJ Matt D)”, de MC Livinho, aborda de forma direta o conflito entre a vontade de seguir em frente e a dificuldade de esquecer um relacionamento marcante. O artista expressa um desabafo sincero ao afirmar: “Minha parte eu fiz larguei mão fui / Viver minha vida / E ser feliz”, mostrando que tomou a iniciativa de buscar felicidade após o término. No entanto, ele revela que as lembranças ainda persistem, como em “Deletei do coração mas não apaguei meus pensamentos / Vivo limbo de contradição”, deixando claro que a decisão racional de terminar não apaga o impacto emocional do passado. O termo “limbo de contradição” resume bem esse estado de incerteza e conflito interno.

A música explora temas de desapontamento e amadurecimento, comuns no funk de MC Livinho, mas aqui com uma honestidade que evidencia o processo doloroso de aprender com o fim de um relacionamento. Referências a “mensagens excluidas” e ao “extinto primitiva acendeu” sugerem recaídas e desconfiança, sentimentos típicos de relações intensas. Versos como “Transa ela tem o flow... Mas acabou o encanto” mostram que, apesar da atração física, faltou respeito e valorização, o que levou ao término. Por fim, em “Aprendi na dor o que amar / Se arrependi vendo outras senta”, MC Livinho destaca que o amadurecimento veio através do sofrimento e da observação do comportamento da ex-parceira, encerrando a música com uma reflexão sobre crescimento pessoal diante da complexidade dos sentimentos.