Visão da Sobrevivência 2

Memória e resistência em "Visão da Sobrevivência 2" de MC Lon

Em "Visão da Sobrevivência 2", MC Lon presta uma homenagem a Carlinhos, conhecido como Tapioca, figura marcante da comunidade. A perda de Tapioca, que fundou a bateria e deu nome à Vila do Sapo, é retratada como um momento doloroso, mas também como fonte de inspiração para quem ficou. Nos versos “Essa eu fiz pra ti / Essa vai pra ti / Que me fez cantor de samba / E hoje é o Lon MC”, MC Lon mostra como a memória de Tapioca impulsiona sua trajetória e reforça a importância de manter vivas as histórias e conquistas da comunidade.

A música destaca a luta diária dos jovens da periferia, que buscam respeito e melhores condições de vida. Trechos como “Só moleque loco / Treinado nóis não quer fama / Querendo obter o espaço / Sempre em busca da grana” evidenciam a realidade de quem precisa batalhar para sobreviver, sem perder a humildade e a solidariedade. O refrão “Pancadão / É o som da experiência / Essa a parte 2 / Da Visão da Sobrevivência” reforça a ideia de continuidade e resistência, mostrando o funk como ferramenta de expressão e superação. Ao afirmar “É assim não é uma facção / É um povo guerreiro / Em busca da solução”, MC Lon rejeita estigmas e valoriza a união, tornando a música um símbolo da resiliência das favelas.