Cachorra Absurda (part. Danny Bond) [explícita]

Empoderamento e humor em “Cachorra Absurda (part. Danny Bond) [explícita]”

Em “Cachorra Absurda (part. Danny Bond) [explícita]”, MC Naninha e Danny Bond usam o humor e o exagero para transformar a sexualidade em um ato de autoconfiança e liberdade. O verso “Vou passar cerol no cu pra cortar toda essas rola” faz referência à gíria do funk carioca, onde “passar cerol” significa eliminar ou superar rivais. Aqui, a expressão é usada de forma abertamente sexual e cômica, reforçando o tom ousado da música e desafiando tabus. Essa abordagem coloca as artistas em posição de poder, invertendo o papel tradicional de gênero e sexualidade no funk, e mostrando que elas controlam a narrativa sobre seus próprios corpos e desejos.

O refrão e as rimas explícitas, como “O que eu faço com a boca nenhuma puta faz com a bunda” e “Quero dar, quero cumer / Quero transar, quero fuder”, celebram o desejo feminino sem vergonha e ironizam a hipocrisia social em torno da sexualidade. O humor é usado como ferramenta de empoderamento, permitindo que MC Naninha e Danny Bond se apropriem de estereótipos e os transformem em símbolos de força. O contexto do funk brasileiro, conhecido pela linguagem direta e por dar voz às periferias, potencializa essa mensagem: ser uma “cachorra absurda” é motivo de orgulho. A parceria entre as duas artistas, ambas referências na cena LGBTQIA+, reforça o caráter de resistência e celebração da diversidade sexual e de gênero presente na música.