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A Arte Reflete a Vida

RAPadura Xique-Chico

Silêncio pra que eu possa me ouvir
E possa sentir
A luz que aqui me trouxe outra vez
Pra enterrar cada fantasma que vi
Dentro de mim, pra fora de mim
Com toda Nudez
Aqui deixo minhas vestes
Tudo que me deste
O orgulho que em mim reflete
Não remete prazer
Nem sei bem o que escrever
Não aceito o desígnio, uma dor
Que não é minha
Molhando linha por linha
Me prendem a reflexão
Quando braços e abraços
Se desprendem da conexão
Cansaço é o encalço
Que se estende a introspecção
Tempo e espaço são falsos
Se rendem a decepção
Repreendem concepção
Não há muito a se exaltar
Com pouco a se resgatar
E uma pá a se ressaltar
No devaneio destino
Veio para me assaltar
Não pude evitar deixei uma noiva
A me esperar no altar
Tive que voltar, lutar
Suportar, todo esse peso
Fragmentos, sentimentos
Nos quais não fui coeso
Levando escombros nos ombros
Não deu pra sair ileso
Indefeso, fui pego, surpreso
Quando te vi preso a esmo
Esperava mais de ti, quando resolvi partir
Deixei tudo aqui e fui atrás do sonho
Esse mesmo sonho que não repartir
Sozinho me vi, chorei e sorri, vivi
Tudo que componho. Me oponho!
A família e as chacotas
Fizeram apostas
Vieram drogas, propostas
Minhas obras são as respostas
Todas as letras compostas
Canções expostas
Saí sem fechar as portas
Só! Só virei as costas
E mesmo com esse desprezo
Espero que ainda te alcance
Que não me canse
Por mais que isso me balance
Que possamos viver
Mais que um lance outro romance
Foi difícil ver minha mãe com Câncer
Te dar mais uma chance
Biografia em ritmia
Depressão sem terapia
Não comia, não dormia
Aos poucos morria, quando à via
Em quimioterapia
Cada visita emociona
Rotina que me pressiona
Em cacos!
Versos formaram um mosaico
Com os restos
Faço do gesto incerto
Um trajeto concreto e oportuno
Fecundo!
De turno a turno
Sempre em projeto noturno
Troco o teto de Saturno
Por um diurno de afetos
É complexo!
Ser pai, ser filho, irmão
Na partilha do pão
Com a família no vão
Pé no chão
Mão no trabalho
Na madruga colho o orvalho
Frio como agasalho
Fazer arte com retalho
É sermão pra quem disse não
Não foi em vão!
Tudo que fiz
Estando mudo o peito diz
Fica surdo e o mundo contradiz
Sua meta
Querendo ou não dentro afeta
O interior manifesta
Não contesta
A voz de uma linda neta
Que se chama Liz
Feliz por que quis!
Sinto me cada vez mais maduro
Um homem completo
Sem o prego do patrimônio
Arquiteto do passado em presente
Contesto o futuro
Construo no escuro seguro
Selo meu matrimônio
E tudo que aqui exponho
É um rascunho que não desata
Não disponho a força exata
Pra falta que existe em mim
Mesmo assim calor te trago
Da Layane e do Fábio
Dona Lourdes e o afago
Do Yago e da Yasmim!
Nós merecemos outra vez
Só mais uma vez
Mais uma oportunidade
Pra reparar
Tudo que a vida nos fez
E o que não se fez
Podemos fazer
Pois não é tarde

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