Maconha e Pente (part. MC Tchelinho e Heavy Baile)

Liberdade e prazer em “Maconha e Pente” de Rebecca

"Maconha e Pente (part. MC Tchelinho e Heavy Baile)", de Rebecca, destaca-se por abordar de forma direta a legalização da maconha e o sexo casual, temas ainda pouco explorados por mulheres no funk. O refrão "Viciado em pente, viciado em maconha" traz um duplo sentido: "pente" é gíria para sexo, enquanto "maconha" representa tanto o prazer quanto a resistência cultural. A música trata esses assuntos como prazeres cotidianos, sem culpa ou julgamento, reforçando a postura ousada e libertária do funk carioca.

O videoclipe, gravado em um ônibus com estética retrô dos anos 70, reforça a ideia de coletividade e liberdade, além de remeter à cultura popular do Rio de Janeiro. A canção alterna as perspectivas masculina e feminina, mostrando que homens e mulheres buscam prazer e companhia sem amarras, como nos versos “Ela quer todo dia, pau na xota sem massagem” e “Ele quer todo dia uma vida de sucessagem”. Ao repetir “Eu não tenho muita coisa, mas tenho maconha e pente”, a música sugere que, mesmo sem luxo, o essencial para a diversão está garantido, valorizando o hedonismo simples e acessível. Referências como “putaria o dia inteiro, é putaria a noite toda” e “apertar o beck” (preparar o cigarro de maconha) reforçam o clima de descontração e transgressão. Assim, "Maconha e Pente" se consolida como um manifesto de liberdade sexual e cultural no funk carioca contemporâneo.