Proibida

Sexualidade e humor escrachado em “Proibida” de MC Serginho

A música “Proibida”, de MC Serginho, é um exemplo marcante do funk carioca dos anos 2000, conhecido pelo tom escrachado, sexualmente explícito e pelo humor irreverente. A letra aposta em provocações e duplos sentidos para abordar temas ligados ao sexo e à performance sexual, sem se preocupar com o politicamente correto. Expressões como “quebra o meu, eu quebro o teu caralho” e “eu quero é sexo querida” deixam claro o objetivo de chocar e divertir ao mesmo tempo.

A canção utiliza metáforas diretas, como em “tenho leite longa vida, tenho leite de saquinho... só toma de canudinho, é o leite de minhápica”, onde “leite” faz referência explícita à ejaculação masculina, reforçando o tom sexual e cômico. Além disso, MC Serginho brinca com situações cotidianas e estereótipos, como no trecho “chegando lá a mulher era um canhão... fedia no suvaco e na xereca também”, usando o exagero para criar um humor grotesco e debochado. O refrão “abre as pernas, faz beicinho, eu vou morder o seu grelinho” exemplifica a objetividade e ousadia do funk carioca ao tratar de sexualidade de forma direta. Já o verso “não adianta de qualquer forma eu esculacho, fama de putona só porque eu como seu macho” sugere uma crítica irônica à hipocrisia social e aos julgamentos sobre a liberdade sexual feminina. No geral, “Proibida” celebra a sexualidade sem pudores, usando o choque e o riso para entreter e desafiar tabus.