
Branca de Neve (Rap das Sinhás)
MC Taya
Racismo e apropriação em “Branca de Neve (Rap das Sinhás)”
“Branca de Neve (Rap das Sinhás)”, de MC Taya, King Saints e Monna Brutal, usa o título irônico para confrontar a ideia de pureza associada à personagem dos contos de fadas e expor o contraste com a realidade da opressão racial. A música critica diretamente a hipocrisia e o privilégio das mulheres brancas, especialmente no rap e na cultura urbana, onde há apropriação de elementos da cultura negra sem vivenciar suas dores. Trechos como “Quer sentar na pica preta / Quer ser chamada de prima / Quer entrar pra minha família / Quer me dá uma sobrinha” denunciam a fetichização do corpo negro e a tentativa de se aproximar da negritude por interesse, sem abrir mão dos privilégios raciais.
A letra também aborda a romantização da mestiçagem e o colorismo, como em “Filha de mãe branca / Lightskin emocionada / Neguinha pele clara / Mulatinha folgada / Não é puro-sangue / Cavala adulterada”. Aqui, MC Taya questiona a legitimação de identidades misturadas e denuncia as hierarquias impostas pelo racismo estrutural, inclusive dentro da própria comunidade negra. O verso “Quem faz o bolo é tia anastácia / Mas o nome da farinha é dona benta” usa uma metáfora clara para mostrar como o trabalho e a cultura negra são apropriados e invisibilizados em benefício de figuras brancas. O tom direto e a ausência de refrão reforçam a urgência do protesto, tornando a faixa um manifesto contra o racismo, o machismo e a exploração histórica das mulheres negras.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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