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Branca de Neve (Rap das Sinhás)

MC Taya

LetraSignificado

    No mundo da fantasia
    As piranha se cria
    Na realidade
    Eu sou a boneca assassina
    Derrubando cada básica
    Que vim pra cima
    Mona preguiçosa, nunca fez uma faxina
    Fode-se essa porra de garota patricinha
    Quer sentar na pica preta
    Quer ser chamada de prima
    Quer entrar pra minha família
    Quer me dá uma sobrinha
    Fazer uma linhagem preta pra juntar uma graninha
    É o dote
    Calma calma
    A branca ficou puta
    Perdendo o lugar
    Pra uma negrona rabuda
    Para gata
    Se isso é musical
    Devolve meu ingresso
    Que essa branca canta mal
    Devolve meu dinheiro
    Ou eu te mando pro hospital
    Não vai ser a primeira
    Só não quero tirar o salto
    Só não quero travar o beck
    Só não quero tirar a unha
    Não me faça tirar a lace
    Que eu não sou uma vagabunda
    Branca de neve falsa
    Calçadão é três por 10
    Se cair uma hoje amanhã
    Fabricam cem tempo
    Pra era uma vez
    Não funciona assim
    Tô aqui pelos meus
    E por quem me ajudou a subir
    O resto é história

    Chegando na faixa
    Cada vez mais abusada
    Filha de mãe branca
    Lightskin emocionada
    Neguinha pele clara
    Mulatinha folgada
    Não é puro-sangue
    Cavala adulterada

    Te convido aqui pra praça
    Para minha encruzilhada
    Na hora do arrepio
    Cê vai ver que sou blindada
    Só críticas barata
    De efeito manada
    Agora não me atingem
    Hoje nada mais me abala

    Nem essas safadas
    Com o privilégio de raça
    Sem talento e só fracassa
    Mesmo ruim galera abraça
    E ainda acham massa
    Se tu fala, te ameaçam
    Tu fica mal nas parada
    Te boicotam mesmo, parça

    E eu, MC Taya
    Não fujo da raia
    Acabo com essas otaria
    Cheia de marra
    De sinhá braba
    Que piam nessa área
    Agora tô assassina
    Sente o peso da minha faca

    Essas vadia até que tenta
    Mas não sei se aguenta
    Quem fica no front
    Quando a situação esquenta?
    E quando vem as ofensa
    Quem é quem enfrenta?
    Aqui é Brasil, país do penta
    Terra racista, sanguinolenta
    As Isabel de 1880
    Ancestral das mina
    Que brotam aqui na cena
    Enquanto o feminicidio
    Das preta só aumenta
    Tu furta pra ser gang
    E tua pele te isenta
    O assunto aqui é mesmo grave
    Então sustenta
    Vai sua branca, herdeira da fazenda
    Quem faz o bolo é tia anastácia
    Mas o nome da farinha é dona benta

    Daqui cima só enxergo o básico
    Só mente vazia, intelecto raso
    Colheita maldita
    Milho e espantalho
    Corrente maligna
    São o próprio diabo
    Então sabe esquece
    Cada dia que aparece
    Tamo sempre na atividade
    Assim elas enlouquece
    Quando o dia amanhece
    É nós que permanece
    É nós que também padece
    Por não ser branca como a neve

    Vai boy, pula no front delas que tu vai encontrar com o caô
    Resistente igual tungstênio
    Barras eu tenho, mas flow faltou (hã? Hã?)
    Quem foi que falou?
    Quem que me montou?
    Quem foi que lucrou?
    Eu mesma sou a minha própria gang
    Não mostro os dentes, não tem sinhô

    Mesmo quieta eu enriqueço bitches
    E uns patifes
    Todos eles viram bifes, sanduíches
    Ratos no meu conduíte
    Querem porcentagens sem serem contribuintes

    Se rap no seu lábio triste não tem
    Pequenos seguidores engrandecendo a quem?
    Branca de neve eu lanço pra dar volta no além
    Eu bato palma pra ousadia dela, porque disposição tá sem

    Consagrei o meu nome pelas ruas
    Atrasei o movimento de calar minha boca pro seu lucro
    Sou uma piranha militante, pego essa grana sabendo de todo o seu absurdo

    Todo recalque dessa paty white
    Na minha house party, vira fumo
    Pilantra não se esconde em vidro fumê
    Furo seu bloqueio, grudo esse yurugu
    Feito gugu, desencarnam com quedas
    Fiz uma casa com toda a quantidade de pedras
    Lançada em mim enquanto eu fazia o corre na favela

    Atitude ruim, puto
    Monna a rainha das trevas
    Espera que eu não terminei, te arrasto pro quase coma

    Afundei teu nome
    Tu é a coitada que foge da monna
    Que nasceu pra ser moninha, nunca será monna mamonna
    Porcentagem só de ódio, na carinha dessas branca de neve

    Me estresse e se atravessa, não se passa parça, nóis é o avanço
    Você quer colar com o meu bonde?
    Eu uso colar com dedo de branco

    Eu amo um banco e eu não tô falando de assento
    Cuidado ou te mando pro ralo com a grana que hoje eu tenho
    Bitch

    Composição: KING Saints / Monna Brutal / MC Taya. Essa informação está errada? Nos avise.
    Enviada por Tay. Revisão por Matth. Viu algum erro? Envie uma revisão.

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