O Tempo Não Para (part. Lorrany Costa)

Vícios e superação emocional em “O Tempo Não Para (part. Lorrany Costa)”

Em “O Tempo Não Para (part. Lorrany Costa)”, MC Tocha utiliza o vício em cigarro e álcool como metáforas para a dependência emocional, mostrando como o sofrimento causado pelo fim de um relacionamento pode ser tão intenso quanto um vício físico. A letra expõe um ciclo de autossabotagem, em que o personagem tenta esquecer a pessoa amada por meio de comportamentos autodestrutivos, mas acaba apenas reforçando sua dor. Isso fica claro em versos como: “A cada trago de cigarro que eu fumo / Eu me sinto viciado / Eu só penso em você”. O uso dessas imagens reforça a ideia de que o vazio deixado pelo término é preenchido por hábitos prejudiciais, evidenciando a dificuldade de superação e o desabafo cotidiano do personagem.

O refrão traz um tom de cobrança e desejo de mudança, tanto para si quanto para a outra pessoa: “O tempo não para / Você parava de se meter na minha vida / Mantia a disciplina / E deixava de ser covarde”. Aqui, a expressão “o tempo não para” não faz referência à canção de Cazuza, mas sim à ideia de que a vida continua, independentemente do sofrimento. O apelo para que o outro “mantia a disciplina” e “deixava de ser covarde” sugere que a superação exige atitudes concretas, não apenas arrependimentos. Dessa forma, a música aborda de maneira direta temas como vício, relacionamentos tóxicos e amadurecimento, refletindo também a trajetória de superação pessoal de MC Tocha.