Libra

Equilíbrio e vulnerabilidade em "Libra" de Xamã

Em "Libra", Xamã utiliza o signo como símbolo para explorar a busca por equilíbrio em relacionamentos marcados por instabilidade emocional. O artista associa a sensibilidade típica de Libra à vulnerabilidade diante de relações tóxicas, como fica claro no verso: “O amor é cego e libriana é sensitive / Num relacionamento abusivo que vivi e morri e chorei de ti”. Aqui, ele mostra como o desejo de harmonia pode acabar levando ao sofrimento, ao se manter em situações prejudiciais por medo do conflito ou da solidão.

A música também traz referências marcantes, como a menção ao poeta Arthur Rimbaud, conhecido por sua vida intensa e rebelde. Essa citação reforça o tom de sinceridade e a identificação com experiências amorosas fora do padrão. O refrão, ao dizer “meus versos sujos não são mais poemas / Que pena!”, expressa o lamento de ver sentimentos antes belos se transformarem em mágoa. A repetição de “que pena” e a ironia em “A vida é uma piada (Há, há, há)” evidenciam a melancolia e o tom reflexivo da canção. Por fim, o pedido por uma “alternativa plena” revela o desejo de encontrar sentido e equilíbrio após o término. "Libra" se destaca por retratar, de forma honesta, as contradições do amor e a busca por autoconhecimento em meio à dor.