Meia Noite (part. Pedro Lotto e Wey)

Empoderamento e vivências urbanas em “Meia Noite”

Em “Meia Noite (part. Pedro Lotto e Wey)”, Xamã explora temas como empoderamento feminino, orgulho periférico e sensualidade. A referência à “loirinha que matou o Ken” destaca uma mulher que desafia padrões tradicionais, assumindo uma postura dominante e subvertendo expectativas, o que se conecta diretamente à ideia de mulheres ocupando espaços de poder em ambientes historicamente masculinos. Já a frase “o favelado tá na moda” expressa o orgulho da identidade periférica, mostrando como a cultura das favelas passou a ser valorizada e reconhecida, deixando de ser marginalizada para se tornar tendência na sociedade.

A música mistura elementos de ostentação, desejo e vivências urbanas, utilizando gírias e expressões populares para criar uma atmosfera autêntica e descontraída. O “rolé de trem” simboliza tanto o lazer típico das periferias quanto a valorização dessas experiências genuínas. O relacionamento retratado é intenso e marcado por paixão possessiva, como nos versos “nosso amor é minha droga / e eu não vendo ela pra ninguém”, evidenciando uma ligação viciante. Metáforas sexuais e irreverência, como em “hoje eu vou te macetar de novo”, reforçam a liberdade e ousadia dos personagens. A repetição de elementos como roupas provocantes e pole dance celebra o desejo e a autoafirmação, enquanto o orgulho das origens costura toda a narrativa, tornando a música um retrato vibrante da juventude urbana.