Rei Lacoste (part. DomLaike)

Afirmação cultural e identidade em “Rei Lacoste (part. DomLaike)”

“Rei Lacoste (part. DomLaike)”, de MD Chefe, vai além da ostentação de marcas e transforma o uso da Lacoste em símbolo de poder, pertencimento e afirmação cultural para jovens da periferia. O verso “Se abrir o meu closet, vira um pântano dentro de casa” faz um trocadilho com o jacaré da Lacoste, mas também sugere abundância e domínio sobre um espaço antes inacessível. O título “Rei Lacoste” reforça essa ideia de soberania, mostrando que o artista não apenas consome a marca, mas a incorpora como parte de sua identidade e status. Esse movimento é central no chamado “trap trajadão”, onde a moda se torna ferramenta de expressão e conquista social.

A letra também ironiza quem usa Lacoste só para aparecer, como em “Lá eu vi cê usando Lacoste só em dia de clipe / Isso é feio, primeiro cê vê e depois copia / Cê não vive, por isso parece só uma fantasia”. MD Chefe valoriza o consumo autêntico, diferenciando quem realmente vive o estilo de vida de quem apenas o imita. O refrão, “Moda casual de luxo, tô chique, confortável / No estilo tchutchuco, Rei Lacoste, indomável”, reforça o orgulho de se vestir bem sem perder as raízes. O sucesso da música e a aproximação da Lacoste com MD Chefe mostram como a canção ajudou a redefinir a relação entre marcas de luxo e a cultura periférica, promovendo representatividade e quebrando barreiras sociais.