Killing Is My Business... And Business Is Good

Violência e ironia sombria em “Killing Is My Business... And Business Is Good”

A música “Killing Is My Business... And Business Is Good” do Megadeth se destaca pela narrativa ousada e pelo olhar frio sobre a violência. Inspirada no Justiceiro, personagem dos quadrinhos da Marvel conhecido por sua justiça violenta e moralidade distorcida, a letra acompanha um assassino de aluguel que não demonstra remorso. O trecho “I do the getting rid of, don't tell me why / Don't need to hear the truth, don't need the lies” (Eu faço o serviço sujo, não me diga por quê / Não preciso ouvir a verdade, não preciso das mentiras) evidencia a indiferença do personagem em relação aos motivos do crime, mostrando como matar se tornou apenas parte de sua rotina profissional.

O refrão, “Killing is my business / And business is good” (Matar é meu negócio / E os negócios vão bem), resume o tom agressivo e autoconfiante da música, transformando o ato de matar em uma atividade comercial impessoal. O título carrega um duplo sentido, sugerindo também uma crítica à banalização da violência e à mercantilização da morte, temas comuns no thrash metal dos anos 1980. Em 2011, a música ganhou destaque negativo ao ser associada a uma ameaça real, mostrando como sua letra pode ser interpretada de forma literal e perigosa, apesar de sua inspiração fictícia. A alternância de ritmos e os vocais intensos reforçam a atmosfera de tensão, ação e ironia sombria que permeia toda a faixa.