Salve Quebrada

A Luta e a Resistência na Quebrada: Uma Ode ao Rap Nacional

A música "Salve Quebrada" de Mema Fita é uma poderosa declaração de resistência e luta, enraizada na realidade das periferias brasileiras. A letra começa com um agradecimento a Jah, uma referência ao Deus do movimento Rastafari, por dar forças para sobreviver em um ambiente violento e opressor. Mema Fita expressa gratidão por não trair a cultura que o salvou e por continuar lutando pelos seus, destacando a importância do compromisso e da visão clara dos motivos para lutar.

A segunda parte da música aborda a brutalidade policial e o racismo estrutural que afetam as comunidades periféricas. Mema Fita denuncia a violência policial que invade casas, agride moradores e mata crianças à luz do dia. Ele critica a falsa ideia de que tudo mudou e está melhor, questionando para quem realmente está "suave". A realidade, segundo ele, ainda é de mães carregando sacolas pesadas para filhos presos e jovens alienados por uma ideologia ilusória.

No último trecho, Mema Fita faz uma crítica contundente à desigualdade social e à hipocrisia da elite. Ele denuncia a falta de educação, saúde e segurança nas periferias, enquanto a burguesia ostenta riqueza. O artista reafirma o compromisso do rap nacional como a voz da favela, uma trilha sonora de resistência que não se renderá. Ele menciona influências como Ferréz e Eduardo Taddeo, reforçando a continuidade da luta pelos pobres, pretos e mulheres até o fim. A música termina com um grito de guerra e esperança: "Salve quebrada!", celebrando a força e a fé das comunidades periféricas.