Buraco da Agulha
Meros Erros
Da minha janela eu vejo o mundo
Vasto mundo
O meu enquadramento
Tal qual fotografia do momento
Que às vezes eu enrolo
E fumo
Num trago profundo
Pra esconder as fraquezas
Que eu trago, mas não fumo
Da minha janela, vejo a fumaça dos invencíveis
Que desfilam de etiquetas e conversíveis
Ascendentes de uma geração doente
De intocáveis e indiferentes
Enfeitados elefantes brancos
Da cor dos seus criminosos colarinhos
Gente de coração mesquinho
Que morre em bando por um ser invisível
Como os que fingem não ver
Da minha janela vejo tantos tortos mortos sem velórios
Sem status e poder ilusórios
Inseguros eram os seus portos
A festa acabou
Quero ver a quem vai recorrer
Rasa gente que negou a fraqueza
Preferiu se enganar com a nobreza
E agora é desova
Ou uma cova qualquer
Com uma pandemia
A gente descobriu o que mais temia
A fragilidade humana não é uma invenção da filosofia
Pobre gente nobre
Que no mar da hipocrisia mergulha
Enquanto o camelo passa pelo buraco da agulha
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