Homem Aranha 2099 (Homem-aranha: Através do Aranhaverso)

Miguel O'Hara em "Homem Aranha 2099": liderança e dilemas

A música "Homem Aranha 2099 (Homem-aranha: Através do Aranhaverso)", de MHRAP, destaca as diferenças marcantes entre Miguel O'Hara e os outros Homens-Aranha. O trecho “matar não é novidade” para ele mostra como Miguel foge do código moral tradicional do personagem clássico, assumindo uma postura mais fria e agressiva. Isso é reforçado em versos como “me confundem com um vampiro por ser meio sombrio / Até por não ter coração”, que remetem à sua origem nos quadrinhos: Miguel não foi picado por uma aranha rara, mas teve sua genética alterada após uma explosão, como a letra explica em “Não foi uma aranha rara que picou o Miguel O’Hara / A minha genética foi mudada após uma explosão”.

A música também aborda o peso da liderança de Miguel à frente da sociedade aracnídea, refletindo seu papel central no multiverso, como mostrado no filme "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso". O verso “Pra proteger seu mundo, o multiverso e o futuro, a quebra de eventos canônicos não se repetirão” faz referência à obsessão de Miguel em evitar tragédias do passado, como a perda da família, e sua determinação em impedir que eventos importantes sejam alterados em outras realidades. Ao se comparar a Tony Stark – “A Lyla sabe que eu sou tipo um Tony Stark desse bando” – ele reforça sua imagem de líder estratégico e tecnológico, mas sem o sentimentalismo do herói tradicional.

O conflito com outros Homens-Aranha, especialmente Miles Morales, aparece no questionamento: “Entre escolher um e todos, miles, o que cê fará?”. Isso evidencia o dilema moral de Miguel, que prioriza o bem maior mesmo que isso o coloque como antagonista. O tom agressivo e autoconfiante da letra, junto às referências à brutalidade e à ausência de limites, traduzem a essência do Homem-Aranha 2099: um herói do futuro, marcado por perdas e disposto a tomar decisões extremas para proteger o multiverso.