Do Tempo Que...

Nostalgia e Mudança: Uma Viagem no Tempo com Michael Sullivan & Paulo Massadas

A música 'Do Tempo Que...' de Michael Sullivan & Paulo Massadas é uma ode nostálgica aos tempos passados, repleta de referências culturais e sociais que destacam as mudanças ocorridas ao longo dos anos. A letra é uma reflexão sobre como os costumes, linguagens e comportamentos mudaram, muitas vezes de maneira drástica, desde a juventude dos compositores até os dias atuais.

A canção começa com uma série de referências aos anos 50 e 60, como o uso de topete, brilhantina e vaselina, e o costume de dar beijinho na bochecha das meninas. Esses elementos são símbolos de uma época mais inocente e simples, onde as interações sociais eram mais formais e menos complexas. A letra também menciona como certos termos e comportamentos tinham significados diferentes, como 'sapatão' para sapato grande e 'galinha' como comida de domingo, contrastando com os significados contemporâneos.

A música também aborda a evolução das normas sociais e a perda de certos valores e segredos. Frases como 'o que era doce já ficou meio azedo' e 'ninguém mais faz segredo' sugerem uma desilusão com a modernidade e a transparência excessiva da vida atual. A repetição de 'alhos são bugalhos' e 'coringa é carta fora do baralho' reforça a ideia de que as coisas não são mais como eram, e que a simplicidade e a clareza de outrora foram substituídas por complexidade e confusão.

Em suma, 'Do Tempo Que...' é uma canção que celebra a nostalgia e critica as mudanças sociais e culturais, evocando um sentimento de saudade por tempos mais simples e menos complicados. A música é um lembrete de que, embora o tempo passe e as coisas mudem, as memórias e os valores de épocas passadas ainda têm um lugar especial em nossos corações.