Dois (part. Fagner)

O Amor e Suas Contradições em 'Dois' de Michael Sullivan e Fagner

A música 'Dois', interpretada por Michael Sullivan e Fagner, é uma reflexão profunda sobre as complexidades e contradições do amor. A letra começa com um rompimento abrupto, onde a pessoa amada diz 'nunca mais' e pede para não ser mais procurada. Esse momento de ruptura é doloroso e inesperado, deixando o eu-lírico em um estado de confusão e tristeza. No entanto, a narrativa rapidamente muda quando a mesma pessoa volta a entrar em contato, mostrando que o fim não era tão definitivo quanto parecia.

A canção explora a dualidade dos sentimentos humanos, especialmente no amor. A voz suave e quase formal que retorna dias depois sugere uma tentativa de reconciliação, mas também uma incerteza sobre o que realmente se quer. A letra fala sobre a mudança de perspectivas e como, às vezes, o que parece uma perda pode se transformar em um ganho. Essa inconstância é representada pela metáfora de 'pular de olhos fechados', onde o medo inicial é substituído pela sensação de liberdade e possibilidade de 'ganhar asas e voar'.

O refrão repetido várias vezes reforça o desejo do eu-lírico de estar com a pessoa amada, mesmo sabendo que não é permitido. A ideia de 'ouvir a voz desse desconhecido' sugere uma entrega ao amor, apesar dos riscos e das incertezas. A música, portanto, é uma ode às contradições do amor, onde o medo e a coragem, a perda e o ganho, a razão e a loucura coexistem de maneira intensa e muitas vezes dolorosa. A colaboração entre Michael Sullivan e Fagner traz uma profundidade emocional que ressoa com qualquer um que já tenha experimentado as complexidades de um relacionamento amoroso.