Grand Prix

Metáforas de superação e identidade em “Grand Prix”

Em “Grand Prix”, Midas Alonso utiliza a corrida automobilística como metáfora para a busca por reconhecimento e ascensão em um ambiente competitivo. No refrão, ao dizer “Luchando por llevar mi pueblo a lo alto como en Grand Prix” (Lutando para levar meu povo ao topo como em um Grand Prix), o artista associa o esforço coletivo e o desejo de superação à ideia de vencer uma corrida, reforçando o tom urbano e aspiracional da música. O verso “Me caí en la marmita, rollito Obelix” faz referência ao personagem de quadrinhos que ganha força sobrenatural, sugerindo que Midas se sente naturalmente preparado para enfrentar os desafios do cotidiano, com um toque de humor irônico.

A letra traz uma mistura de referências culturais, como Obelix, Kimbo Slice e Anubis, mostrando a identidade multifacetada do artista. O uso de gírias e expressões como “hazme un croquis”, “mi lokis” e “billetinchis” aproxima a linguagem do universo das ruas. Versos como “Quiero hacer truquitos en tu clítoris” e “Encajo los golpes como si fuese un Tetris” alternam entre humor sexual e a ideia de resiliência diante das dificuldades. Ao ironizar a mistura de idiomas com “Esto no es Cambridge”, Midas afirma sua identidade local e autêntica. No final, as menções a marcas como Black Label, Camel e Cream Caramel, junto com a frase “no pisamos la clase y aprobamos el examen”, celebram a esperteza e o improviso, valorizando a vivência de rua acima das convenções tradicionais de sucesso.