You Don't Own Me (First Wives' Club)

Liberdade coletiva em “You Don't Own Me (First Wives' Club)”

Quando três mulheres divorciadas cantam juntas, o “eu” da canção vira “nós”, transformando uma reivindicação individual em declaração coletiva. No filme O Clube das Desquitadas, o figurino branco e a performance conjunta atualizam versos de 1963 como ferramenta de solidariedade e justiça pós-divórcio. Herdando o espírito da gravação original de Lesley Gore, Bette Midler — ao lado de Diane Keaton e Goldie Hawn — reafirma que autonomia feminina é valor atemporal. A viralização da recriação no TikTok por Julian Burzynski, elogiada por Keaton, mostra a mensagem cruzando gerações e formatos sem perder força.

Na letra, a recusa ao controle é direta: “You don't own me” (Você não é meu dono) fixa um limite; “Don't say I can't go with other boys” (Não diga que eu não posso sair com outros rapazes) rejeita ciúme e posse; “Don't tell me what to do / Don't tell me what to say” (Não me diga o que fazer / Não me diga o que dizer) afirma liberdade de ação e fala; “Don't put me on display” (Não me exiba) denuncia a objetificação; “Don't tie me down, 'cause I'll never stay” (Não me prenda, porque eu nunca vou ficar) recusa qualquer tentativa de aprisionamento. O contraponto “I don't tell you what to say / I don't tell you what to do” (Eu não digo o que você deve dizer / Eu não digo o que você deve fazer) introduz equidade como base do vínculo. Por fim, o refrão afirmativo “I'm young... I'm free” (Sou jovem... Sou livre) condensa autoconfiança e independência: ser quem se é, viver como se quer e não aceitar menos que isso.