Servir e Proteger (part. Stive Rap Policial)

Humanidade e desafios em “Servir e Proteger (part. Stive Rap Policial)”

A música “Servir e Proteger (part. Stive Rap Policial)”, de Mike 01 Rap, traz à tona a dimensão humana dos policiais, rompendo com o estereótipo de frieza ao afirmar: “Atrás do meu distintivo tem um coração como o seu”. Esse verso destaca que, por trás do uniforme, há pessoas que sentem medo, amor e dor, e que convivem diariamente com o risco de morte. A intenção dos artistas é clara: homenagear a dedicação e o sacrifício dos policiais militares, ressaltando o sentimento de irmandade e o compromisso coletivo de proteger a sociedade, como aparece em “tenho milhares de irmãos e irmãs iguais a mim / Eles vão arriscar a vida por mim, e eu por eles”.

A letra aborda de forma direta os desafios do cotidiano policial, como a exposição à violência, o contato constante com a criminalidade e a sensação de abandono por parte das autoridades, expressa em “Vejo drogas, roubos, mortes, e políticos de terno, fingindo que não vê”. O trecho “O caos tá instalado, o país assassinado, por um bando de arrobado que aparece na TV” denuncia a corrupção e a omissão dos governantes, colocando sobre os policiais a responsabilidade de enfrentar problemas graves. A música valoriza força, honra e coragem, reforçando a ideia de missão ao afirmar: “Servir e proteger não é missão para qualquer um / Nascemos predestinado a uma força incomum”. O refrão funciona como um mantra de resistência e união, desejando proteção divina e celebrando a vitória do bem sobre o mal.

No final, a canção assume um tom de enfrentamento, mas também de desejo de sobrevivência: “Quero sentar à mesa, não ser lembrado por fotografia”. Expressões como “legítima defesa, não sou pago para morrer” e “afugenta os ratos pros porões” reforçam a imagem do policial como guardião da ordem, lidando diariamente com situações extremas. Assim, a música se apresenta como homenagem e desabafo, revelando o peso emocional e moral de quem escolhe servir e proteger.