Telas (part. Duzz)

A dualidade das redes em "Telas (part. Duzz)" de Mikezin

"Telas (part. Duzz)", de Mikezin com participação de Duzz, aborda de forma direta o impacto das redes sociais na vida dos artistas, mostrando como elas podem ser tanto fonte de pressão quanto espaço de expressão. A música destaca a ambiguidade das "telas": ao mesmo tempo em que servem como barreira, trazendo críticas e desânimo, também se tornam ferramentas para que os artistas se expressem e superem desafios. Isso fica claro quando Mikezin diz: “Por trás de uma tela eles tentam me desanimar / Isso gera telas e mais telas para eu me expressar”, mostrando que a internet pode ser usada para resistir e afirmar sua identidade diante dos julgamentos online.

A letra traz ainda imagens de luta e superação, como em “Deus não me deu asas mas posso voar” e “Cabeças só servem de degrau”, indicando que, mesmo sem privilégios, Mikezin encontra formas de crescer e resistir à desumanização. O compromisso social aparece em “Não quero mais pintar com o sangue dos meus irmãos / Tirar vários do poço se tornou uma missão”, mostrando que sua busca vai além do sucesso individual, buscando também a elevação coletiva. Duzz, por sua vez, critica a superficialidade do cenário musical e a desigualdade entre o mainstream e o underground, como em “O underground passa fome e você nunca viu / Porque seu objetivo era fica mais rico”, e questiona a autenticidade de quem “compram milhões e milhões de views”.

Assim, "Telas" se firma como um manifesto de autenticidade e resistência, mostrando que, apesar das dificuldades e da pressão das redes, a arte pode ser um caminho de transformação e libertação.