Devil, Devil

Resistência e coragem diante das tentações em “Devil, Devil”

Em “Devil, Devil”, MILCK adota uma postura firme de resistência contra tentações e influências negativas, usando a figura do diabo como símbolo dessas forças. Nos versos “Do not try me devil, devil / Cannot buy me devil, devil” (Não tente comigo, diabo, diabo / Não pode me comprar, diabo, diabo), a artista deixa claro que não se deixa seduzir por recompensas fáceis ou promessas vazias, ao contrário de outros que “sell their souls / For the feast and the promise of gold” (vendem suas almas / pelo banquete e pela promessa de ouro). Essa recusa reforça o tema do empoderamento pessoal e da integridade diante de pressões externas e internas.

A metáfora do diabo é explorada de forma ampla, representando tanto desafios internos quanto pressões sociais. O diabo é descrito como alguém capaz de “torture saints with a single glance” (torturar santos com um único olhar) e de assumir “the shape of everything I'm drawn to” (a forma de tudo pelo qual sou atraída), mostrando como as tentações podem se disfarçar de desejos pessoais. O trecho “I walk the plank, not a tear in my eye / I won't go down your blushing bride / Under the water I'll be sharpening my knife” (Caminho pela prancha, sem uma lágrima nos olhos / Não vou descer como sua noiva corada / Debaixo d’água estarei afiando minha faca) destaca a coragem e a preparação para enfrentar adversidades, sem se submeter ou se vitimizar. Assim, “Devil, Devil” se apresenta como um manifesto de resiliência e força diante das forças que tentam corromper ou desviar alguém de seus valores.