Prelude

Solidão e busca por conexão em “Prelude” de Miley Cyrus

“Prelude”, de Miley Cyrus, apresenta uma reflexão profunda sobre solidão e autenticidade, inspirada diretamente pelo álbum visual “The Wall”, do Pink Floyd. A música utiliza imagens marcantes, como “seguir uma imagem de um trem” e “segurar um punhado de cinzas”, para transmitir a sensação de tentar agarrar algo que sempre escapa. Esses elementos reforçam a ideia de que certos sentimentos e experiências são passageiros e difíceis de manter. O videoclipe complementa essa atmosfera, mostrando Cyrus em trajes sofisticados, cercada por flores e sombras, o que visualmente reforça o isolamento e a introspecção sugeridos na letra.

A letra explora a autodescoberta por meio de metáforas que mostram a distância entre o que se sente e o que se consegue expressar. Versos como “Como andar sozinha por um sonho lúcido” e “Como dizer seu nome em voz alta numa sala vazia” destacam a solidão existencial. Já o trecho “testemunhar meu corpo parado num espelho / implorando para ser visto, implorando para se tornar real” revela o desejo de validação e conexão. No final, a frase “Mas a beleza que se encontra sozinho / É uma prece que anseia ser compartilhada” resume o tema central: a autodescoberta só ganha sentido pleno quando compartilhada. Assim, “Prelude” serve como uma introdução conceitual ao álbum, preparando o ouvinte para uma jornada de vulnerabilidade e busca de sentido.