We Can't Stop

Rebeldia e liberdade em “We Can't Stop” de Miley Cyrus

Em “We Can't Stop”, Miley Cyrus deixa clara sua intenção de romper com a imagem de estrela adolescente ao adotar uma postura mais ousada e adulta. Um dos exemplos mais marcantes dessa mudança está na frase “dancing with Molly” (dançando com Molly), onde “Molly” é uma gíria para MDMA (ecstasy). Miley confirmou que a referência era intencional, apesar de inicialmente tentar suavizar a polêmica para facilitar a aceitação da música nas rádios. Outro trecho, “trying to get a line in the bathroom” (tentando conseguir uma carreira no banheiro), faz alusão ao uso de cocaína, reforçando o clima de festa sem limites e a busca por experiências intensas, características centrais da era “Bangerz”.

A música gira em torno da ideia de liberdade total e rejeição aos julgamentos externos, como mostram os versos “It's our party, we can do what we want” (é nossa festa, podemos fazer o que quisermos) e “only God can judge us” (só Deus pode nos julgar). Miley celebra a autonomia sobre o próprio corpo, desejos e escolhas, incentivando a autoexpressão e a diversão sem culpa. O refrão “we can't stop and we won't stop” (não podemos parar e não vamos parar) transmite uma sensação de resistência e autossuficiência, mostrando que ela e seu grupo não pretendem se submeter às regras impostas pela sociedade. O videoclipe, com cenas de festas extravagantes e comportamentos provocativos, reforça essa mensagem de rebeldia e autenticidade, consolidando a nova identidade artística de Miley Cyrus e o impacto dessa fase em sua vida pessoal e pública.