
Rito de Paz
Milton Nascimento
Resistência e ancestralidade em "Rito de Paz" de Milton Nascimento
"Rito de Paz", de Milton Nascimento, aborda a diferença entre uma paz imposta e uma paz conquistada de fato pelo povo, especialmente pela população negra brasileira. O verso “Vai ser abolida a paz da abolição que agora temos. E contra a paz cedida, a paz conquistada teremos!!!” evidencia que a abolição da escravidão em 1888 foi apenas um marco formal, sem garantir justiça e liberdade reais. A música faz parte da "Missa dos Quilombos", obra criada para celebrar a resistência negra e denunciar as limitações históricas da abolição, conectando a letra à luta contínua por direitos e dignidade.
A canção valoriza o sincretismo religioso afro-brasileiro ao trazer expressões como “Saravá”, “A-i-é” e “Abá”, ressaltando a ancestralidade e a cultura dos quilombos. Ao citar “Palmares das lutas da libertação” e “Palmeiras da páscoa da ressurreição”, Milton Nascimento faz referência ao Quilombo dos Palmares, símbolo da resistência negra, e associa a luta por liberdade à ideia de renascimento e esperança. O tom da música mistura celebração e resistência, especialmente quando afirma: “A liberdade vamos conquistá-la!”, reforçando que a verdadeira paz e liberdade são resultados da ação coletiva e da persistência do povo, e não de concessões superficiais.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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