Estrela, Estrela

A busca por autenticidade em “Estrela, Estrela” de Milton Nascimento

Em “Estrela, Estrela”, Milton Nascimento interpreta uma composição de Vitor Ramil que utiliza a imagem da estrela como símbolo de liberdade, autenticidade e autoaceitação. A escolha desse elemento central reflete o desejo de brilhar de forma natural, sem se deixar abalar pela solidão ou pelas dificuldades. O trecho “Brilhar, brilhar / Quase sem querer / Deixar, deixar / Ser o que se é” destaca a importância de aceitar a própria essência e valorizar quem se é, reforçando a mensagem de individualidade que motivou Vitor Ramil ao compor a música.

A canção cria uma atmosfera suave e contemplativa, evidenciada na relação de admiração entre quem observa e a estrela. Em “É bom saber / Que és parte de mim / Assim como és / Parte das manhãs”, a estrela representa tanto um ideal de paz e inspiração quanto um reflexo das qualidades únicas de cada pessoa. Já o verso “Eu canto, eu canto / Por poder te ver / No céu, no céu / Como um balão” mostra a música como uma celebração dessa conexão, transmitindo acolhimento e esperança. A recorrente regravação da canção por diferentes artistas, especialmente em momentos de despedida, como no clipe da Casa Ramil em 2020, reforça o caráter universal e reconfortante da mensagem de “Estrela, Estrela”.