
Feito Nós
Milton Nascimento
Contradições humanas e esperança em "Feito Nós"
"Feito Nós", de Milton Nascimento, explora a complexidade da natureza humana ao destacar a convivência de opostos em cada pessoa. Logo nos primeiros versos, a canção apresenta imagens como “Feito um anjo decadente / Meio santo, meio gente, à meia luz”, mostrando que todos carregam virtudes e falhas. A expressão “meio Deus, meio demônio, feito nós” reforça a ideia de que ninguém é totalmente bom ou mau, mas sim formado por contradições. Essa abordagem reflete uma visão existencialista, comum na obra de Milton, sobre a dualidade presente em cada indivíduo.
A letra também amplia o olhar para questões sociais e históricas, conectando experiências pessoais a temas coletivos. Trechos como “Séculos de lutas e de luto / Máscaras de dor e de arrogância” mostram que essas contradições não são apenas individuais, mas também se manifestam em sociedades marcadas por poder, violência e desigualdade. A frase “Mácula na branca luz da manhã” sugere que até momentos de esperança podem ser afetados por falhas e injustiças.
No final, a música propõe uma escuta sensível ao mundo e à humanidade: “Tempo de escutar a terra falar / Lágrimas de todas as crianças / Dádiva de amor e de esperança”. O futuro, descrito como “pálido” e “bêbado dos homens e seu licor”, traz tanto incerteza quanto possibilidade de renovação. Assim, "Feito Nós" convida à aceitação das imperfeições e à busca de sentido em meio às contradições da vida.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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