
Paisagem Da Janela
Milton Nascimento
Reflexão social e poética em “Paisagem da Janela”
“Paisagem da Janela”, de Milton Nascimento, utiliza uma cena cotidiana — a vista da janela lateral do quarto — para abordar temas profundos sobre percepção e realidade. A letra, inspirada na janela do quarto de Fernando Brant em Belo Horizonte, mistura elementos concretos, como a igreja e o muro branco, com imagens carregadas de significado, como “cores mórbidas” e “homens sórdidos”. Esses termos remetem ao clima opressivo da ditadura militar, sugerindo que a paisagem observada reflete também as angústias e tensões sociais da época.
O verso “Você não quer acreditar / Mas isso é tão normal” expressa a sensação de isolamento de quem percebe verdades incômodas que muitos preferem ignorar. A figura do “cavaleiro marginal” representa alguém à margem, que observa e vivencia mistérios e dores — “conheci as torres e os cemitérios / conheci os homens e os seus velórios” —, mas que mantém uma ligação com a simplicidade do cotidiano. A música equilibra o olhar poético sobre a paisagem com uma crítica sutil à alienação, mostrando como a janela pode ser tanto um limite quanto um ponto de esperança. Em versões recentes, como durante a pandemia, a janela ganhou novos sentidos, simbolizando o confinamento e a esperança compartilhada.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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