
Yauaretê
Milton Nascimento
Força ancestral e identidade em "Yauaretê" de Milton Nascimento
Em "Yauaretê", Milton Nascimento utiliza a figura da onça, chamada de "yauaretê" na língua tupi-guarani, como símbolo central para abordar temas de identidade, ancestralidade e pertencimento. A escolha desse animal não é aleatória: a onça representa força, autenticidade e ligação com as raízes indígenas brasileiras. Versos como “Onça verdadeira me ensina a ser realmente o que sou” e “Quero ser jaguaretê” mostram o desejo do artista de se reconectar com suas origens e buscar autoconhecimento, reforçando a importância da ancestralidade em sua trajetória. O contexto do álbum e o poema de Tom Jobim, que compara Milton à onça, também ressaltam essa ligação profunda com a terra e a autenticidade do cantor.
A letra alterna entre questionamentos existenciais — “Cadê a família onde eu nasci? Cadê o meu começo, cadê meu destino e fim? Para que eu estou por aqui?” — e invocações à onça, que simboliza não só a ancestralidade, mas também a necessidade de enfrentar desafios para sobreviver: “Tem de guerrear, lutar, matar pra sobreviver / Pois assim é a vida”. Essa combinação mostra que o processo de autoconhecimento envolve tanto a busca interior quanto a luta diária para afirmar a própria identidade. Ao pedir para “onçar aqui no meu terreiro” e “onçar sertão e mundo inteiro”, Milton amplia o sentido de pertencimento, mostrando que a identidade se constrói no espaço pessoal e coletivo, sempre em diálogo com as raízes e a história ancestral.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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