
A Terceira Margem do Rio
Milton Nascimento
Mistério e silêncio em “A Terceira Margem do Rio” de Milton Nascimento
"A Terceira Margem do Rio", interpretada por Milton Nascimento, transforma o conto de Guimarães Rosa em uma experiência musical marcada pelo mistério e pelo silêncio. A música utiliza imagens como "oco de pau", "canoa" e "rio" para remeter diretamente à história original, na qual o pai abandona a família e passa a viver isolado no meio do rio. Esse gesto cria a chamada terceira margem, um espaço simbólico entre o pertencimento e o afastamento, entre o mundo conhecido e o desconhecido.
A letra, escrita por Caetano Veloso, destaca a importância da palavra e do silêncio. Trechos como “Água da palavra, água calada, pura” e “Margem da palavra entre as escuras duas” mostram que a palavra é comparada à água: fluida, silenciosa e cheia de significados ocultos. O silêncio do pai, sempre chamado de “nosso pai”, reforça o enigma do afastamento e sugere uma busca existencial por sentido e transcendência. A canoa de "oco de pau" simboliza tanto o isolamento físico quanto o vazio e a possibilidade de transformação. Assim, a música convida o ouvinte a refletir sobre o espaço entre as margens — a terceira margem — como um lugar de mistério, introspecção e profunda humanidade.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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