
Escravos de Jó
Milton Nascimento
Rotina e resistência em "Escravos de Jó" de Milton Nascimento
Em "Escravos de Jó", Milton Nascimento utiliza versos repetitivos como "Saio do trabalh-ei / Volto para cas-ei / Não lembro de canseira maior / Em tudo é o mesmo suor" para transmitir o cansaço físico e emocional de quem enfrenta uma rotina opressora. Essa repetição não só reforça a exaustão diária, mas também sugere um ciclo sem fim, marcado pela falta de perspectivas e pela alienação do trabalhador.
O contexto histórico é fundamental para entender a força da música. Durante a ditadura militar no Brasil, a letra original foi censurada por ser considerada subversiva, o que evidencia o caráter crítico da canção. O título faz referência à cantiga popular "Escravos de Jó", mas aqui ganha um novo significado: aponta para a continuidade da exploração, ligando o passado escravocrata ao presente de trabalho exaustivo. A participação de Clementina de Jesus, importante representante da cultura afro-brasileira, e o uso de vocalizações reforçam essa conexão com as raízes africanas e a resistência cultural. Assim, mesmo com uma letra simples e curta, a música se destaca como uma denúncia sutil à opressão social e política, sintetizando o sentimento de desgaste e alienação dos trabalhadores brasileiros.
O significado desta letra foi gerado automaticamente.



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