... E Cura Todas As Feridas
Moitará
Entre as brisas de uma jornada
Perco a paz, o mundo gira e não volta pra trás
Meus erros, desvaneios e o que só tenho como perda de tempo
Serviram de névoa pra que eu lamentasse
E culpasse a estrada por ser ela um impasse
Raiva em meus olhos me fizeram ver neblina em vermelho
Rancor tentar achar motivos no outro pros próprios defeitos
Sentimentos de ódio, vingança em forma de violência
Uma forma vil e vulgar de extravasar a minha própria inocência
Mas uma hora se aprende que as pedras no caminho
Quando chutadas não se movem
E apenas machucam aquele que faz a caminhada
Se aprende a desviar, se aprende a não se importar
Se aprende que a estrada é o nosso lar
E a convivência é a única direção
Em certo ponto amadurecemos e surge a clemência
O passo que conduz nos eleva a nossa potência
Sintonizar com o mundo significa estar em paz
O mundo girar e deixar tudo pra trás
Mas as minhas janelas voltam a embaçar
Entre minhas brechas voltam a escapar
Tudo o que me faz tensionar os músculos
O passado volta e meia bate à porta
E parado, de novo não me diz nada
Entra em minha casa e se acomoda ao sofá
Eu quero fugir, eu quero o expulsar
Mas como vencer com sentimentos de amor e despido de armadura
Raiva em meus olhos me fizeram ver neblina em vermelho
Rancor tentar achar motivos no outro pros próprios defeitos
Sentimentos de ódio, vingança em forma de violência
Uma forma vil e vulgar de extravasar a minha própria inocência
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