Paparico

Humor e sinceridade nas aparências em "Paparico"

"Paparico", do Molejo, transforma situações de aperto financeiro em uma narrativa leve e divertida. A música usa expressões populares como "cheque voador" e "pobre de marré, marré" para mostrar, de forma bem-humorada, a sinceridade do personagem principal. Ele tenta conquistar alguém usando aparências, mesmo que tudo seja emprestado ou fruto de pequenas mentiras, mas sempre deixa claro que o sentimento é verdadeiro. Isso fica evidente no pedido: "Por favor, amor, não pense que sou um sete um" – aqui, "sete um" é uma gíria para golpista, mostrando que não há má intenção.

O enredo gira em torno de um apaixonado que faz de tudo para impressionar, mesmo sem ter condições financeiras. Ele recorre a um "carro importado", "beca e um celular" emprestados e até paga um "hotel cinco estrelas" com um cheque sem fundos. O humor do Molejo aparece ao tratar essas situações com honestidade e naturalidade, reforçando que, apesar das aparências, o que realmente importa é o sentimento. A frase "menti, mas foi de boa fé" resume essa ideia: tudo foi feito por amor, não por interesse. "Paparico" celebra o jeito brasileiro de lidar com as dificuldades, mantendo a alegria e a esperança de conquistar quem se ama.